sábado, 30 de outubro de 2021

Festival Cine Urutu


                              CINE URUTU

 Hoje aqui no Studio Fulinaíma  Produção Audiovisual me debruço numa tarefa de imensa responsabilidade, como um dos integrantes da Comissão Julgadora que  analisará os 40 curtas finalistas da terceira edição do  Festival Cine Urutu, realizado em Pindamonhangaba-SP.  São 24 curtas categoria nacional, que julgaremos:  roteiro, fotografia, edição, atuação e melhor filme. E 16  na categoria regional  que concorrem  a melhor filme regional.

https://www.facebook.com/studiofulinaima



gozo no teu mato dentro

na página do livro

Juras Secretas

sempre andei no encalço

de um gozo em linha reta

e enquanto houver tensão

tesão e poesia

não apenas mar peixe

barco maresia

vamos continuar gozando

até findar um dia

 

Artur Gomes

 

clic no link para ver o vídeo com o poema moro no teu mato dentro – do livro Juras Secretas – Editora Penalux – 2018

https://www.facebook.com/artur.fulinaima.5/videos/890730214894703

 

não perguntem

pelo meu nome

muito menos  sobrenome

daquilo que não vivi

assino apenas tenho fome

da comida que não comi


tenho 25 mil poemas

sem respostas

argamassas incompletas

muito além da mesa posta

 

poeminha

aos moradores

da casa 58

eu vos desejo

a glória

na lata de lixo

da história



 desconfiguração do corpo

 

os estilhaços do corpo

estão espalhados

nas cidades

:

pernas aqui

braços ali

cabeças acolá

na total desconfiguração

:

- cabeça/tronco/membros

as cidades estão entupidas

de fragmentos de populações

destroçadas em desespero

a crueldade é tanta

que dificilmente em qualquer cidade

se encontra um ser humano por inteiro

 

Artur Gomes

O Poeta Enquanto Coisa

Editora Penalux - 2020

www.secretasjuras.blogspot.com

 

eu sou fulinaíma

a mistura das misturas

a tribo de um índio só

o avesso do avesso do avesso

toda coisa tem seu custo

todo homem tem seu preço

 

Federico Baudelaire

www.brazilicapereira.blogspot.com



                             "uirapurus"

 

a floresta agoniza.

no fundo da terra árida,

não há uma gota d’ água.

árvores são bolas de fogo.

há cicatrizes em sua silhueta,

cruzes que adornam o seu solo.

há sangue nas cascas das árvores,

em suas vértebras, em seu coração.

não há manhãs sem névoa para a flor.

o homem engoliu-a, e junto a água, o ar.

não há mais uirapurus perseguindo utopias.

borboletas secas [a]guardam páginas dos livros.

não há mais o hálito de flechas penetrando as peles.

ouriços sabem, insetos percebem esse tempo que passa.

restam cinzas-cadáveres na floresta-treva, indolente, estéril.

este é o destino miserável do paraíso.

nada está em manchetes de jornais.

ninguém sai dos salões de beleza.

vocês que se irritam com suas constipações,

por que não se irritam com a floresta calcinada?

homens ricos, dourados, abstratos,

deitam-se no conforto e sobre o caos.

revelam sua [i]moralidade de covardes.

e eu, aqui, acordado em meu jardim, escrevendo sobre:

os exilados pelo vento aniquilador,

as mortes sob custódia policial,

os fantasmas dos subúrbios,

a fome e as balas zunindo.

– este é o tempo da monotonia do vazio...

*

Ziul Serip [1962-2017], in "flor

mineral"




 Artur Gomes

Fulinaíma MultiProjetos

fulinaima@gmail.com

(22)99815-1268 – whatsapp

FULINAIMICAMENTE

www.fulinaimagens.blogspot.com

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