CINE URUTU
Hoje aqui no Studio Fulinaíma Produção Audiovisual me debruço numa tarefa de imensa responsabilidade, como um dos integrantes da Comissão Julgadora que analisará os 40 curtas finalistas da terceira edição do Festival Cine Urutu, realizado em Pindamonhangaba-SP. São 24 curtas categoria nacional, que julgaremos: roteiro, fotografia, edição, atuação e melhor filme. E 16 na categoria regional que concorrem a melhor filme regional.
https://www.facebook.com/studiofulinaima
gozo no teu mato dentro
na página do livro
Juras Secretas
sempre andei no encalço
de um gozo em linha reta
e enquanto houver tensão
tesão e poesia
não apenas mar peixe
barco maresia
vamos continuar gozando
até findar um dia
Artur Gomes
clic no link para ver o vídeo com o poema moro no teu mato dentro
– do livro Juras Secretas – Editora Penalux – 2018
https://www.facebook.com/artur.fulinaima.5/videos/890730214894703
não perguntem
pelo meu nome
muito menos sobrenome
daquilo que não vivi
assino apenas tenho fome
da comida que não comi
tenho 25 mil poemas
sem respostas
argamassas incompletas
muito além da mesa posta
poeminha
aos moradores
da casa 58
eu vos desejo
a glória
na lata de lixo
da história
os estilhaços do corpo
estão espalhados
nas cidades
:
pernas aqui
braços ali
cabeças acolá
na total desconfiguração
:
- cabeça/tronco/membros
as cidades estão entupidas
de fragmentos de populações
destroçadas em desespero
a crueldade é tanta
que dificilmente em qualquer cidade
se encontra um ser humano por inteiro
Artur Gomes
O Poeta Enquanto Coisa
Editora Penalux - 2020
www.secretasjuras.blogspot.com
eu sou fulinaíma
a mistura das misturas
a tribo de um índio só
o avesso do avesso do avesso
toda coisa tem seu custo
todo homem tem seu preço
Federico Baudelaire
www.brazilicapereira.blogspot.com
"uirapurus"
a floresta agoniza.
no fundo da terra árida,
não há uma gota d’ água.
árvores são bolas de fogo.
há cicatrizes em sua silhueta,
cruzes que adornam o seu solo.
há sangue nas cascas das árvores,
em suas vértebras, em seu coração.
não há manhãs sem névoa para a flor.
o homem engoliu-a, e junto a água, o
ar.
não há mais uirapurus perseguindo
utopias.
borboletas secas [a]guardam páginas
dos livros.
não há mais o hálito de flechas
penetrando as peles.
ouriços sabem, insetos percebem esse
tempo que passa.
restam cinzas-cadáveres na
floresta-treva, indolente, estéril.
este é o destino miserável do
paraíso.
nada está em manchetes de jornais.
ninguém sai dos salões de beleza.
vocês que se irritam com suas
constipações,
por que não se irritam com a floresta
calcinada?
homens ricos, dourados, abstratos,
deitam-se no conforto e sobre o caos.
revelam sua [i]moralidade de
covardes.
e eu, aqui, acordado em meu jardim,
escrevendo sobre:
os exilados pelo vento aniquilador,
as mortes sob custódia policial,
os fantasmas dos subúrbios,
a fome e as balas zunindo.
– este é o tempo da monotonia do
vazio...
*
Ziul Serip [1962-2017], in "flor
mineral"
Artur Gomes
Fulinaíma MultiProjetos
(22)99815-1268 – whatsapp
FULINAIMICAMENTE
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