se este poema inocente
primitivo natural indecente
em teu pulsar navegante
entrar por tua boca entre dentes
espero que não se zangue
se misturar o meu sangue
em teu pensar quando antropo
por todas bocas do corpo
em total porno grafia
na sangração da mulher
me diga deusa da orgia
se também tu não me quer
quando em ti lateja devora
palavra por palavra
por dentro entre por fora
em pornofonia sonora
me diga lady senhora
nestes teus setenta anos
se nunca gozou pelos ânus
me diga bia de dora
num plano lítero/estético
qual cibernético humano
que te masturba ou te deflora
Artur Gomes
Pátria A(r) mada
www.porradalirica.blogspot.com
silêncio gritos& sussurros
o seu corpo/poema
pede-me silêncio
ou algazarra?
farra
de bocas pernas coxas
línguas e dedos
nos recantos mais profundos
por onde dorme o teu desejo?
carícias delicadas
pela nuca
em torno da orelha
lábios deslizando
ao redor do teu umbigo?
o que o seu corpo/poema
quer viver comigo?
o seu corpo/poema
no deserto das delícias
é escorpião ou percevejo?
é calmaria
ou tempestade
no alto mar da liberdade
pede-me noite ou claridade
ou
implora-me desesperadamente
os mais selvagens beijos?
Artur Gomes
O poeta enquanto coisa
Jura secreta 17
meu objeto concreto
é um poema abstrato
impressionista realista
quem sabe neo concretista
poderoso artefato
uma bomba de Hiroshima
uma rosa parafina
ou quem sabe uma menina
que conheci só no retrato
Artur Gomes
Juras Secretas
www.secretasjuras.blogspot.com
pele grafia
meus lábios em teus ouvidos
flechas netuno cupido
a faca na língua a língua na faca
a febre em patas de vaca
as unhas sujas de Lorca
cebola pré sal com pimenta
tempero sabre de fogo
na tua língua com coentro
qualquer paixão re/invento
o corpo/mar quando agita
na preamar arrebenta
espuma esperma semeia
sementes letra por letra
na bruma branca da areia
sem pensar qualquer sentido
grafito em teu corpo despido
poemas na lua cheia
Artur Gomes
O homem com a flor na boca
www.arturfulinaima.blogspot.com
linguagem de cinema
corta o verso do avesso
e a cena segue
em outra dimensão
sem seta sem endereço
como se a nova meta
enlouquecesse o coração
poema de 7 patas
vaca de 7 facas
e o fio condutor do poema
a engrenagem da matraca
nem sei por onde andas
não sei por onde também
que o coração desanda
toda vez que ela não vem
Metáfora Fulinaímica
se eu soubesse o endereço
da estrada que atravesso
marcaria outro começo
no final da madrugada
vestiria um linho branco
numa calça engomada
e beberia um vinho tinto
na boca da namorada
com meu parceiro Paulo Ciranda lá pelos idos de janeiro de 2017 em Mar A Vista – Itaipu – Niterói-RJ – para amenizar um pouco a saudade numa semana de super produção audiovisual
unplugged(não ria é sério)
quero botar no teu orkut
um negócio sem vergonha
um poema descarado
ta chegando fevereiro
e meu Rio de Janeiro
fica lindo mascarado
quero botar no teu e-mail
um negócio por inteiro
que eu não sou ZecaBaleiro
pra ficar cantando a Mama
que ainda tem medo doPapa
meu negócio é só com a mina
que me trampa quando trapa
meu negócio é só com a mina
que me canta ouvindo o Rappa
FULINAIMAGEM
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