7 Sereias no Longe
nem veredas nem nonada
tudo DADA tudo ista
o poema nasce em mim
e de forma bem imprevista
poema um beijo na boca
os olhos zuis como lua
nós dois amantes da rua
comendo jabuticaba
nenhuma alma presente
As 7 Sereias no Longe
As 7 musas - mar a vista
na febre do diamante
meto o meu o metal no cateto
na carnal da tua hipotenusa
o poema arranha aranha na blusa
desconcerta a matemática no vestido
“As 7 Sereias do Longe”
ainda cantam em meus ouvidos
será que Hygia se foi para o nunca
mais
do nada tudo nada NONADA
ainda queima a carne
São José do Rio Preto
Nova Granada
Jardinópolis
Registro
Dracena
Batatais
teu barco me leva mar a dentro
o que não tem portal ou cais
a rua onde mora agora – formosa
já foi nome militar – “militar me
limita”
mas tuas janelas me abrem portas
onde estás copacabana
me deixa um gosto de sal
da água que lambeu as suas pernas
naquela noite de natal
citações: “As 7 Sereias do Longe” –
tese de doutorado de Hygia Calmon Ferreira sobre a obra Guimarães Rosa. – 1992
“militar me limita” Pat Raider – hoje
Karlos Chapul – 1987
Artur Gomes
O homem com a flor na boca
www.arturfulinaima.blogspot.com
poÉtika 2
quem já cantou dandara?
na encantaria também cantarei
nos descaminhos de nós dois
nas fibras do meu desejo
ela só me deu - o beijo
o resto festa lampejo
foi ficando pra depois
mesmo assim entre os lençóis
vamos seguindo sempre juntos
ela no seu oblíquio
e eu no meu oculto
cada qual no teu recinto
nos amando a qualquer custo
cada qual seu labirinto
cada amor enquanto justo
mas não rezamos o culto
nem mesmo por absinto
a vida sempre em suspense
vamos vivendo de susto
Artur Gomes
O poeta enquanto coisa
www.secretasjuras.blogspot.com
santíssima trindade
nathalia cristina micaela
é tanta beleza tanta
jesus até se espanta
deus até se assustou
com as 3 florbelas mais belas
que zeus do céu me enviou
zeus me fez fulinaíma
neta de macunaíma
bisneta de baudelaire
Gigi Mocidade
A Rainha da Bateria da Mocidade Independente de Padre Olivácio - A Escola de Samba Oculta no Inconsciente Coletivo
mini conto - a faca
poesia não é manchete de jornal para
espremer escorrer sangue o poema pode ser facada sim que entra na carne mas não sangra como aquela em
juiz de fora que até agora ninguém me explicou o melodrama estava li e não vi adélio
no curral do tal comício palanque armado para fazer do brasil uma quaderna -
pra fazer do brasil um precipício
última ceia
do peixe vamos comer
somente espinha
na rapadura com farinha
Artur Gomes
FULINAIMICAMENTE
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