Viva
espera
Vivo
em um mundo tão irreal
e etéreo que o homem
que vier a me amar
chegará em silêncio, sem alarde,
para não me tirar do que sonho
em poemas e lirismos.
Ao
chegar, nem o perceberei.
Terei perguntas, mas não as farei,
absorta de esperar.
Virá de mansinho para que
eu transforme meu amor
de devaneios e quimeras
em toques e desejos.
Ao
me despir,
estarei em carne viva.
Transcendência
Minha
mãe é triste;
outrora feliz. Era?
Em
alguma esquina
abandonou seu mundo,
segurou alheios.
Fatigada
de cuidar,
dolorida da secular solidão.
Mas
pinta
as linhas do tempo em telas
de tons borboleta.
E voa!
Manhãs solventes
Manhãs
expressivas:
ora
gargalham,
ora
silenciam
do
que ouvem cedinho,
quando
as noites se despendem
e
contam das visitas-surpresas:
Projetos empoeirados,
Sonhos ridículos
Amores corroídos.
As
madrugadas
vasculham
gavetas
de
íntimas memórias.
Solucionam
equações
complicadas,
casam-se
de véu e grinalda,
consertam
erros,
refazem
caminhos.
Até
que chegam as manhãs
e
sua engrenagem de moer
projetos,
sonhos, amores.
Nascituros
Desejos
brotam
entre as ervas boas que cultivo,
qual joio no trigo.
De todas as formas e cores,
desejos obscuros, audazes,
afoitos ou de alegrar o dia.
Arranco,
macero e piso
mas a semente fica, imperceptível.
E os danados renascem.
Dádivas
Traga
o sol,
o
riso e
o
pranto
Ofereço
todo
o resto.
Christine Resplande
Christine Ferreira Resplande, , a Chris Resplande, é natural de Goiânia. Cientista Social e bacharel em Direito. Poetisa, publica seus poemas na página @, no instagram e desde março/2021 é produtora e apresentadora do projeto Encontro Poético, em parceria com o Museu Antropológico da Universidade Federal de Goiás.
Fulinaíma MultiProjetos
Nenhum comentário:
Postar um comentário