calar a palavra
cravar o silêncio
na essência do poema
tantos eus
que dá nós
um copo carrega silêncios
murmúrios batons
saliva entre os dentes
os dentes do copo
é sua arma dura
língua afiada
o corpo do vidro vibra
na mão que emoldura
na boca que seca a sede
na pele quente ou fria
até que extermine o dia
outono
é tarde
despet
alando
árvore
seu corpo
nu meu corpo
faz tempestade
na sala de espera
intensa comunicação
metade no celular
outra na televisão
a palavra
diz tanto
há gosto para poucos
agosto para cachorros loucos
a canoa
p
e
r
f
u
r
a
solitária
marinha
o ventre
do mar
esconde o sol
envergonhado
de nuvens
Bravo, poeta!
ResponderExcluir