poema novo
como esse tempo sânscrito
em teu corpo teso
o poema ereto
no meu falo aceso
o linguajar me leva
onde tudo inflama
no carnaval secreto
nos lençóis da cama
fauno incendiário
super veloz ligeiro
lambuzando as coxas
do amor primeiro
Federico Baudelaire
https://www.facebook.com/giginua
com os dentes
cravados na memória
me lembro de um tempo
que em Bento Gonçalves
não havia nostalgia
embriagávamos de vinho
e respirávamos poesia
congresso brasileiro de poesia
https://www.facebook.com/congressobrasileiropoesia
certa vez estando em bento
levei um banho de uva
as duas musas me lambiam
com suas línguas de chuva
toda palavra
toda palavra
guarda um segredo
atrás de suas portas
secretas
esconde
na entrelinha
o enigma da criação
delicada
afiada
malcriada
debochada
discreta
poética
patética
a palavra pode tudo
e bebe
o sangue dos poetas
em goles demorados
II
toda palavra
é arma engatilhada
pontaria precisa
acerta o coração
mesmo quando
é bala perdida
certeira
traiçoeira vingativa
malígna
indiscreta
abusada
despretensiosa
maliciosa
a palavra
pode quase nada
quando fala de paz
Ademir Bacca
Poesia do Brasil Vol. 11
Proyecto Cultural Sur Brasil
XVIII Congresso Brasileiro de Poesia
Bento Gonçalves-RS - Outubro 2010
May Pasquetti
interpreta poemas de Artur Gomes
vídeo produzido em Bento Gonçalves - durante
o XXIII Congresso Brasileiro de Poesia
outubro de 2015
clic no link para ver o vídeo
BraZilírica Pereira:
A Traição das Metáforas
outubro 2002 já era setembro inda me
lembro depois do jantar na associação de artes plásticas em cantorias
caminhamos em direção ao hotel VinoCap quando nos despedimos subi para ao
apartamento e a metáfora com as entre/minhas subiu a escadaria para a cidade
alta
no quarto enquanto bebia um conhac pensava em nossas cartas incandescentes o telefone tocou: - vai dormir? - ouvi do outro lado da linha a metáfora me convidando para uma embriaguez a dois
bolero blue
beber desse conhac
em tua boca
para matar a febre
nas entranhas
entre dentes - indecente
é a forma que te como
bebo ou calo
e se não falo quando quero
na balada ou no bolero
não é por falta de desejo
é que a fome desse beijo
furta qualquer outra palavra presa
como caça indefesa
dentro da carne que não sai
a carne de maçã: teu corpo devorei a
cada dentada metáfora à flor da pele toda nua me recebeu na cama que era o chão
da sala há 6 anos desejava teu corpo como quem deseja um prato de comida quando
a fome é tonta nossa meta é física e o amor é quântico sem lucidez alguma até
que passe a fome e o amor acabe
Artur Gomes
www.braziliricapereira.blogspot.com
Artur Gomes
FULINAIMAGEM
Nenhum comentário:
Postar um comentário